Já cuidou da sua hoje?
A aplicação da Psicologia não se fica pelo consultório (habitualmente privado), apesar daquelas quatro paredes guardarem verdadeiros tesouros – esta é a Psicologia Clínica.
Já a Psicologia da Saúde abrange todos aqueles contextos onde a actuação d@ Psicolog@ seja promotor da saúde, por exemplo em Escolas, Organizações, na Comunidade para além dos Sistemas de Saúde.
Habitualmente esta prática torna-se mais visível através do desenvolvimento de Programas (com principio, meio e fim) como p.ex de Implementação de hábitos de vida saudável, Cessação tabágica, Envelhecimento activo, entre outros – poderá ler mais sobre este assunto abaixo.
As Avaliações Psicológicas procuram, sempre que possível, abranger diferentes métodos de recolha da informação e múltiplos informantes. É um processo que parte do geral para identificar o particular – áreas de dificuldade e áreas de potencial. Contextos de avaliação disponíveis:
Para além destas existem também as Avaliações de finalidade mista, ou seja, aquelas que quando são iniciadas podem dar ou não azo a continuidade de uma resposta de acompanhamento psicológico ou outra. E neste caso temos por exemplo a Avaliação de competências pré-escolares, que pretendem dar pistas aos Pais e aos Educadores (de infância) sobre o estado de determinadas competências nas idades pré-escolares habilitando-os para o desenvolvimento de actividades específicas com o objectivo de melhor prepararem a(s) sua(s) criança(s) para o início da escolarização.
Bem como as Avaliações psicológicas de crianças, adultos ou idosos que habitualmente surgem por um pedido específico e utilizando múltiplos informantes podem terminar nelas próprias ou ter seguimento em diferentes níveis.
Nem sempre a avaliação psicológica leva a uma intervenção clínica. Como por exemplo na Orientação Vocacional em que o objectivo principal é potenciar o processo de descoberta do jovem ou adulto no seu percurso escolar ou profissional. Pode saber mais sobre o assunto aqui.
Já no Recrutamento e Selecção este processo alcança também a sua finalidade quando se realiza o match entre o candidato e o perfil pretendido para a função. Pode saber mais sobre o assunto aqui.
Os acompanhamentos clínicos podem ser de variadas ordens. Contextos de acompanhamento disponíveis:
Encontramos o acompanhamento para Desenvolvimento pessoal, ou seja, aquele que é realizado para autoconhecimento pessoal, sem uma necessidade clínica específica a pessoa procura o serviço para se conhecer melhor e desenvolver aptidões de forma preventiva, adoptando comportamentos mais adequados a uma vida plena.
Existem também os Acompanhamentos de seguimento clínico de uma Avaliação onde foi constatada a necessidade de uma intervenção, como no caso de crianças e jovens – perturbações do controlo dos esfíncteres, sono, comportamento, alimentares, medos e fobias, depressão – ou de adultos em caso de Patologias específicas, como perturbações de ansiedade (pânico, POC, PTSD) e fobias, depressão, que com frequência podem ser em articulação com outros serviços – saúde, sociais, etc.
O Desenvolvimento e Treino de competências, são respostas para situações particulares. Entre elas encontramos as Competências parentais – ou seja, têm como base a relação pais-filho(s) – e as Cognitivas – habitualmente enquadradas em situações de reabilitação e estimulação cognitiva quer do ponto de vista de perda de capacidades (como em caso de acidente, AVC, situações neurodegenerativas, psiquiátricas) quer em contexto de promoção do envelhecimento activo. Do ponto de vista da intervenção Cognitiva, referimo-nos às funções da linguagem, orientação, atenção, memória, praxias, gnosias e actividade pré-frontal.
Numa perspectiva mais lata encontramos as respostas de Psicoeducação, que surgem com frequência em complemento a qualquer uma destas intervenções. Visam uma orientação mais directiva procurando a busca de soluções/ caminhos de forma mais informada e assim consciente.
As Intervenções Assistidas por Animais são a inclusão intencional de um ou mais animais num contexto para promover bem-estar ou benefício para a saúde humana (Delta Society). Os animais utilizados nestas intervenções são escolhidos de modo a garantirem interacções positivas, seguras e não perturbadoras. Em Portugal esta intervenção pode funcionar ligada a diferentes contextos (em projectos de educação – Educação Assistida por Animais – em contexto de psicoterapia, reabilitação, terapia da fala ou outras – Terapia Assistida por Animais – e em situações pontuais de intervenção, sem objectivo terapêutico (p.ex. em JI, Lares, etc. – Actividades Assistidas por Animais).
Como facilitadores da interacção, a presença dos animais nas IAA proporciona reconhecidos benefícios terapêuticos.
Dirige-se a pessoas de todas as idades, géneros e necessidades desde que: aceite/ autorize, não apresente alergia ao animal (pêlo, saliva), não seja imunodeprimida, não apresente feridas abertas e possa beneficiar deste tipo de Intervenções.
Considero que os benefícios destas intervenções são bastante acentuados, na experiência que tenho tido verifico na prática os impactos descritos na investigação. A adesão ao processo é maior e o impacto de melhoria ganha um volume diferente abrindo espaço para a co-construção de um diálogo comum mais eficaz e eficiente, quer com adultos como com crianças. Para isso é imprescindível a avaliação do profissional de IAA sobre os benefícios desta interacção para o público-alvo e para o animal em causa, tornando-se este como mais um meio de intervenção com a/s pessoa/s.
© ComCiência, 2024
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